Até quando duram aqueles momentos? Até quando duram minhas fortes emoções, que me fazem vibrar radiante como a corda grossa de um violoncelo que soa perdida pelo ar...? Até quando... Até onde irei com essa minha insaciedade, sempre querendo mais do que a simples trivialidade de uma natureza completa? Até quando buscaremos a mudança do que é bom, o aumento do que já basta, mais comida do que sacia, trocar de carro porque tá velho, de celular porque tá ultrapassado, de computador porque a tecnologia já superou a sua própria capacidade de suportar-se a si mesma...?
O casamento já não dura, o namoro nem começa, e "ficar", quando perde a graça, causa um vazio grande em quem não quer "ficar" sozinho... Por que não dura? Por que não pode ser profundo o relacionamento de quem não quer apenas ver, mas quer conhecer... bem além daquela maquiagem borrada de lágrimas frias...?
Viajar... não tem graça se passar de uma semana... Um dia já basta pra conhecer o Coliseu, porque o importante mesmo é ter um carimbo romano no passaporte... E o turismo virou uma epidemia gostosa pra quem só quer ver, sentir, passar por pequenos momentos vazios..., numa imensa eternidade do ser...
Nossa, quanto eu refleti sobre essas palavras.
ResponderExcluirPrincipalmente ao ler sobre o "turismo", o que me levou a pensar sobre a superficialidade do conceito atual do que é "conhecer um lugar" ou "conhecer qualquer coisa". E isso me levou a outro ponto: O que seria "viver", neste mundo superficial? Não se sabe mais o significado de "Vida Abundante".
Excelente e inspirado!!!
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