Quando acordei, vi na janela um quadro pintado de cores confusas... Uma
neblina branca cobria o vale da cidade até a altura do topo do morro. O
morro aparecia discretamente, mostrando apenas o fusco das árvores mais
altas, sob o anúncio do sol... O sol riscava uma faixa amarela no
horizonte, que dissolvia a noite do alto céu escuro...
Às seis da
manhã a gente acorda meio confuso, entre a passividade da noite e a
encenação do dia... Enquanto ainda me lembro dos sonhos de durante
repouso das minhas emoções, a razão logo dissolve tudo e me exige
postura. Não sei bem que razão é essa, que intuo sem possuir. Mas aquela
faixa amarela de sol, entre a neblina da minha mente e a escuridão do
meu contexto, me revela algum horizonte vivo, duradouro, e muito mais
constante. Não... eu não sei bem o que espero daquela linha no
horizonte... Mas posso notar que ele é belo... e é pra lá que devo
seguir.
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