quinta-feira, 30 de dezembro de 2010


Eu já devo ter repetido algumas vezes bons desejos para 2011 aos amigos, sem expressar com mais sinceridade, e um pouco de egoísmo, talvez, o cansaço que sinto, enquanto conto as ultimas gotas que ainda restam deste longo ano passado... Não sei se foi longo temporalmente ou pelo fardo que alonga a caminhada... Mas que bom que está acabando porque eu preciso urgente de um ano novo, pra tentar de novo, pra me renovar! Drummond expressou bem o que sinto:

"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente."

Só não me basto muito da ideia de uma esperança industrializada... como produto enlatado, bem delimitado em um pequeno espaço físico e prazo de validade. Me sinto mesmo como sardinhas numa lata, esperando um final qualquer... E aquelas mesmas fatias que me permitem renovação ano após ano, me angustiam pela falta de tempo, dia após dia... As vezes me perco entre as doze horas do dia ou da noite. Mas é pior quando me confundo entre doze horas quaisquer ou doze meses do ano... Sabem la, quem estuda os astros, que divisão de tempo é essa... Mas o que eu busco entender, afinal, é por que nosso tempo é tão limitado, se o tempo continua andando, nunca acaba, e nunca começou! Porque somos tão limitados se são infinitos os minutos, dias, meses ou anos? Alias, infinitos não, eternos!...

Ah, sim! Falando de eternidade, acho melhor firmar lá a minha esperança! É... assim parece melhor. Sem me esquivar de lutas e cansaços, e até ensaiando umas renovações, dia após dia, ano após ano... Mas sigo assim esperando quando eu não precisarei mais ensaiar, porque não precisarei mais lutar ou cansar...! eternidade...Vamos juntos?


Por enquanto, feliz 2011!

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